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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Orquestra Universitária na Gazeta de Ribeirão

Publicada em 21/2/2010

Dimas Carte: monitor da OU

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Música Democrática
Orquestra Universitária da USP Ribeirão busca alunos e melhora na técnica com ampliação do projeto em 2010

RENATO VITAL

Gazeta de Ribeirão

renato.pinho@gazetaderibeirao.com.br

Em busca de novos músicos e de aperfeiçoamento da técnica de cada instrumento, o Departamento de Música da USP de Ribeirão Preto abre espaço na Orquestra Universitária para quem quer aprender música. Quando a Orquestra começou, em 2008, o grupo era formado somente por cordas, mas a partir de 2010 ela se torna sinfônica. Quem estiver interessado em ingressar no projeto pode aparecer nas aulas gratuitas que acontecem no Departamento, localizado no campus da Usp, às quintas-feiras das 19h às 21h e aos sábados das 9h às 12h. Na última quinta aconteceu a primeira reunião do ano.

O coordenador do projeto, Marcos Câmara de Castro, explica que a Orquestra surgiu de uma necessidade do curso de música, mas que a idéia é descobrir novos artistas da comunidade de Ribeirão. "A intenção não é ser uma orquestra profissional, e sim pedagógica. Levar os músicos da comunidade e do campus para se apresentar e trocar experiências", disse. Segundo Câmara, a Orquestra Universitária já tem acordo com o Centro Cultural Campos Elíseos, que também oferece aulas de música de graça, para encaminhar os alunos que terminam o curso no Centro para a Orquestra.

Para o aluno do terceiro ano do curso de licenciatura de música da USP e monitor da Orquestra, Dimas Carte, 29 anos, a sensação de ver o grupo aprendendo e tocando junto é ímpar. "Ver no rosto do aluno que ele tem prazer em fazer música, em estar ali fazendo parte da Orquestra, é o nosso objetivo", disse. Carte conta que os novatos também têm a oportunidade de terem aulas mais privadas para serem "alfabetizados" musicalmente.

A Orquestra Universitária pode também ser uma chance para alguém voltar aos estudos. "Temos um participante, de 42 anos, que é fonoaudiólogo e voltou a estudar música porque se empolgou com o projeto", disse Carte. Segundo o coordenador da Orquestra, muitos alunos do campus se aproximam da música enquanto não começam a trabalhar nas suas áreas. "Temos aqui alunos de administração, da medicina, pessoas que sabem tocar muito bem, pessoas que estão aprendendo. É uma orquestra bem diversificada", contou Câmara.

Jovens têm mais contato com música

Não são somente os universitários que podem ter aulas gratuitamente em Ribeirão Preto. As crianças e jovens de 6 a 17 anos que gostariam de aprender a tocar algum instrumento podem procurar o Projeto Guri. Com a intenção de colocar mais jovens em contato com a cultura, o Guri oferece aulas de instrumentos mais populares, como violão, bateria e contra-baixo e dos clássicos, como violino, flauta transversal entre outros. Segundo a administradora regional do projeto, Aline Feltrin, esse ano o Guri deve mudar de sede para poder oferecer mais vagas. "Muitos reclamam da falta de vagas, mas geralmente o projeto recebe muitos elogios. As crianças já se apresentaram no Teatro Municipal e no Pedro 2", disse. Aline conta que há ex-alunos do Guri que hoje são educadores do projeto. Os internos da Fundação Casa também são atendidos pelo Projeto Guri. "Damos aulas dentro da instituição. Os alunos gostam muito, eles não têm acesso à cultura. Já fizeram até algumas apresentações", contou Aline. (RV)

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