Canto Coral, Educação Musical, Etnomusicologia
Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro USP/RP
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Foto-Grafia
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
terça-feira, 19 de julho de 2016
2016 06 24 Avaliação Canto Coral I e III Tulha
Apresentação/avaliação das classes de canto coral I e III
Dia 24 de junho de 2016 (sexta-feira)
Hora: 14h
Local: Tulha
Banca: Profa. Dra. Silvia Berg, Profa. Dra. Yuka de Almeida Prado e Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
Programa
Te Deum (Luís Álvares Pinto). Regência: Gilberto Ceranto.
Sicut Erat, do Magnificat Octavi Toni (Cristobal de Morales). Regência: Adriana Cândido
Komm, Süsser Tod (Bach). Regência: Pedro Brinck
Gute Nacht (Schumann). Regência: Adriana Cândido
Dieu! Qu’il la fait bom regarder (Debussy). Regência: Adriana Cândido
Pater Noster (Stravinsky). Regência: Eduardo Santana de Oliveira
The drunken sailor (Sund). Regência: Walisson da Cruz
Psalm of summer (Ahlen). Regência: Adriana Cândido
My God is a rock (Parker/ Shaw). Regência: Pedro Brinck. Solista: Luís Felipe de Sousa.
Notas do programa
Te Deum (por
Gilberto Ceranto)
O
Te Deum é uma oração cristã, utilizada na liturgia católica, no Ofício das
Horas e das Leituras; sua autoria é atribuída a Santo Ambrósio, que a recitou
em Milão no ano de 386, por ocasião do batismo de Santo Agostinho. Ao longo da
história, o texto religioso foi musicado por diversos compositores, dentre os
quais destacam-se Charpentier, Lully, Mozart, Haydn e José Maurício Nunes
Garcia. O Te Deum a ser apresentado foi composto pelo maestro pernambucano Luís
Álvares Pinto (Recife, 1719-1789), um dos principais representantes da música
barroca brasileira. Sua instrumentação é para 4 vozes, 2 violinos, trompa e
baixo contínuo. Uma possível tradução literal do Te Deum ficaria como:
Louvamos-Te, Deus:/ Confessamos-Te, Senhor./ Toda a Terra Te venera, Pai Eterno./
A Ti todos os Anjos, a Ti o céu e todos os Poderes,/ a Ti os Querubins e
Serafins, com voz incessável, proclamam:/"Santo, Santo, Santo/[é] o Senhor
Deus dos Exércitos./ [Os] céus e [a] terra estão cheios da majestade da tua
glória."/O coro glorioso dos Apóstolos,/ a harmonia de louvor dos
Profetas,/o exército dos Mártires em brancas vestes Te louva./Em toda a terra a
tua santa Igreja Te confessa [como] o Pai de imensa majestade:/ Digno de
veneração [é] Teu verdadeiro e único Filho; e também o Parácleto [que é o]
Espírito Santo. / Tu [és] [o] Rei da glória, ó Cristo. Tu és [o] Filho do Pai
sempiterno. / Tu, para livrar o homem, a quem hás de receber, não tiveste
horror do útero da Virgem./ Tu, que venceste o aguilhão da morte, abriste aos
crentes os reinos dos céus./ Tu te assentas à direita de Deus, na glória do
Pai, Crê-se em ti [como o] Juiz que havia de vir./ Assim, pedimos-te: acode os
teus servos que remiste com sangue precioso./ Faze com que sejam contados com
os os teus santos na eterna glória./ Salva [o] teu povo, e abençoa [a] tua
herança./ E dirige-os e levanta-os por toda a eternidade./ Ao longo de cada dia
te bendizemos;/ E louvamos o teu Nome n[este] século e no século do século./
Condescende, Senhor, guardar-nos sem pecado [n]este dia./ Tem misericórida de
nós, Senhor./ Tem misericórdia de nós./ Faça-se [a] tua misericórdia, Senhor,
sobre nós/ do mesmo modo como esperamos em Ti./ Em ti, Senhor, esperarei: não
serei confundido na eternidade.
Sicut erat (por
Adriana Cândido)
Parte
final do oitavo Magnificat (cântico de Maria da liturgia católica) de Cristóbal
de Morales (Espanha, c.1500 - 1553), um dos grandes nomes da polifonia
renascentista, compositor de música vocal majoritariamente sacra. Morales foi o
primeiro compositor espanhol de renome internacional (Europa e Novo Mundo),
trabalhou no coro da capela papal. A obra é uma realização contrapontística de
quatro vozes sobre dois cantus firmus em canone (um uma quinta abaixo do
outro). Por necessidades técnicas do coro, está sendo executada meio tom abaixo
do original. Texto: Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto. Sicut erat in
principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amen. Tradução: Glória
ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre.
Amém.
Komm, süsser Tod (BWV 478) (por Pedro Brinck)
Venha,
doce morte. Venha, abençoado repouso. É uma peça retirada das “69 Canções
Sacras e Árias”. O texto, de autor anônimo, foi musicado originalmente para voz
e contínuo. Pela combinação de texto e melodia, Bach expressa o desejo pelo
descanso eterno e ascensão do espírito. Este coral está entre as mais populares
obras vocais de Bach e já foi adaptada e transformada por diversos outros
compositores, como Max Reger, Leopol Stokowski, Knut Nyste e para órgão por
Virgil Fox.
Gute Nacht (por
Adriana Cândido)
Última
canção do Op. 59 (Vier Gesänge) de Robert Schumann (Alemanha, 1810 - 1856),
publicado em 1846. É uma canção de ninar. Texto: O boa noite que eu lhe desejo,
amigo, ouve! Um anjo, que carrega a mensagem, vai e vem. Ele leva para você e
traz de volta para mim a saudação. Também lhe diz a canção de seu amigo, agora,
boa noite.
Dieu! qu'il la fait bon
regarder (por Adriana Cândido)
Primeira
das Trois Chansons de Charles
D'Orleans, de Claude Debussy (França, 1862-1918). Como é característico na
música de Debussy, nessa chanson
sente-se a impressão de suspensão e fluidez, e, ao mesmo tempo, o uso
recorrente de tercinas proporciona movimento. Essas construções sugerem a
representação do sentimento de inquietude e admiração do eu-lírico e da leveza
da amada idealizada. Tradução: Meu Deus, que miragem ela é! A graciosa, a boa,
a bela; todos se apressam para elogiá-la por cada uma de suas virtudes. Quem
poderia se cansar dela? Sua beleza constantemente se renova. Em nenhum dos
lados do oceano eu conheço alguma menina ou mulher assim perfeita em todas as
virtudes. Só o pensar nela já é um sonho. Meu Deus, que miragem ela é!
Pater Noster (por
Eduardo Santana de Oliveira)
Tradução:
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino.
Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. O pão nosso de cada dia
dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos
devedores. E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; (...). Amém!
Otche Nash (Pater Noster) tem um pouco mais de um minuto de duração. Um estilo
simples, prevalecendo a homofonia, circundando através de harmonias
tradicionais em um estilo de canto Ortodoxo Russo, completamente tonal, muito
sério apresentando austeridade. A versão original desta peça é de 1926 e não é
conhecida como Pater Noster, pois Stravinsky não usou as palavras em latim,
entretanto usou as eslavas. Assim o significado de "Pater Noster"
Latim e "Otche Nash" eslava é o mesmo, e o contexto também: "Pai
nosso, que estás nos céus ...". Muitos anos depois, em 1949, o compositor
recompôs a música para se adequar ao texto latino, fazendo mudanças sutis para
a inflexão rítmica e adicionando um pouco de "cauda" no final da peça
(para um "Amém").
The Drunken Sailor (por Walisson da Cruz)
Uma
das celeumas mais conhecidas (isto é, canto com que marinheiros ritmavam seu
trabalho), The Drunken Sailor era
cantada a bordo de navios à vela, especialmente em momentos que exigiam um
ritmo mais intenso de atividade. Acredita-se que tenha se originado no início
do século XIX ou antes, embora sua autoria e origem sejam desconhecidas.Foi
revivida como uma canção popular no século XX e acabou se tornando uma música
muito gravada e interpretada, aparecendo frequentemente em meios de comunicação
populares. Embora a letra da música varie, ela geralmente contém alguma
variante da pergunta: "O que vamos fazer com um marinheiro bêbado, no
início da manhã?". Cada verso em seguida sugere um método diferente de
punição para o marinheiro. O arranjo para coral a ser executado foi escrito por
Robert Sund, regente e compositor sueco.
Psalm Of Summer (por Adriana Cândido)
Também
conhecida por "The Earth Adorned", memoráveis primeiras palavras da
obra. Trata-se de uma saudação ao verão que chega e à beleza da criação divina;
estes dois elementos, porém, são fugazes, somente a palavra de Deus permanece
para sempre. Composição de Waldemar Åhlén (Suécia, 1894 - 1982), organista e
professor de música.
My God is a rock (por Pedro Brinck)
Um
negro spiritual tradicional, com forte influência. Arranjado por Robert Shaw e
Alice Parker, dois grandes compositores e arranjadores de música coral
estadunidenses. Rock – pedra em inglês – é uma referência as Pedra do Altar de
Elias do livro de Isaías na versão do Rei James: “A sombra de uma pedra na
terra desértica”. A ideia de descanso e proteção estão implícitas no texto
quando cantam “abrigo em tempos de tempestade” (“shelter in a time of storm”)
também no texto de Isaías. A referência em “He’s my rock”, que pode ser
traduzida como “Ele é meu apoio”, com significado de “Aquele que me fortalece”,
como estando sempre em todos os momentos de necessidade e provação. Os
Capítulos (“Chapters”) são usados para designar as histórias bíblicas.
Classes de Canto Coral I e III (2016-1): Adriana Mara Candido (monitora PEEG), Alessandra de Ribeiro e Almeida Lodoli, Ana Maria Janunzzi de Salles, Anderson Pereira de Oliveira, André Eiva Pfeiffer, Augusto Fioreli Barbieri, Bruna Passos Iodice, Caio Pardo Buck, Cíntia Galan Martesi, Daniel Alves Silva Pereira, Daniel Selli, Dionel Carlos dos Santos de Rezende, Eduardo Santana de Oliveira, Felipe Henrique de Toledo, Francisco José Bento da Silva, Gabriel Morais Barbosa, Gabriela Miranda Simões de Menezes, Gilberto Ceranto Júnior, Giovana Ceranto, Gláucia Marques, Guilherme Floriano Natale, Guilherme Oliveira Bortot, Inanna Moraes Bianchi, Iully Araujo Benassi, Jéssica Rocha Martins, Jhony de Souza Pinto, João Guilherme Grando, Kelly Araujo da Costa Corrêa de Oliveira, Letícia Dias de Assis, Leticia Maria Antunes, Lucas de Oliveira Casagrande, Luciene Leme Oliveira, Luis Felipe de Sousa, Luis Guilherme Walder de Almeida, Marcos Vinícius Pessoa Gonçalves, Mario Francisco Baylão, Mateus Marchiori Pereira, Nadine Morais Alves, Otávio Augusto Bongiovani Silva, Patricia Sayuri Hata, Pedro Henrique Brinck Camargo, Pedro Henrique Longo Pasqualatto, Rafael Stein Pereira, Roberto Pereira Lima, Samuel de Oliveira Leghi, Samuel Pereira da Silva, Tales Naiá Batchi Thomaz de Souza, Talita Cristina Gonçalves, Thamie Briane da Silva, Thiago Garcia dos Santos, Tiago Martins, Victor Landim de Mello, Vinícius Eduardo Simião da Silva, Walisson Higor da Cruz, Webert Rodolfo Ninin, William Tadashi de Almeida Mori.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
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